– Ritinha, conte-nos sobre você
Me chamo Rita, tenho 20 anos, sou casada, cuido do RH do Memorial. Sou formada em RH (Recursos Humanos), me formei agora em Dezembro.
E me formei, até mesmo, pelo Memorial Parque Jaraguá, pois desde o ano passado, foi criada, por mim junto à Diretoria, uma bolsa com auxílio-educação para todos os colaboradores. Foi através deste benefício da empresa que consegui terminar minha faculdade. É um auxílio que pode ser utilizado por qualquer colaborador com mais de um ano de casa.
– Você tem filhos?
Tenho uma filha de 4 patas, chamada Jade Picon, linda e terrorista (risos).
– Quando você começou a trabalhar no Memorial?
Eu comecei a trabalhar aqui em junho de 2021, no setor financeiro. Fazia emissão de notas, separação, cuidava dos caixas… E aí, em setembro de 2021, começou a funcionar o setor de RH e a pessoa responsável, solicitou uma assistente. Então, eu comecei a dar o suporte para ela e continuei no financeiro. Depois de um tempo, fui convidada a ficar somente no RH. Em novembro ela saiu da empresa e, após um período de teste, acabei ficando como responsável pelo setor.
Aí eu gostei da área, gostei da faculdade. Estou querendo agora fazer uma pós-graduação, porque é uma área que eu me identifico, que é cuidar das pessoas dentro do ambiente do trabalho, cuidar de tudo que faz bem para o colaborador. Então essa oportunidade surgiu no final de 2021, eu busquei mais e continuo buscando crescer na área para permanecer nela.
– Quantos colaboradores tem no Memorial Parque Jaraguá hoje?
Tem 120 pessoas trabalhando na empresa, a maioria está no Memorial e tem as equipes que trabalham no escritório da Lapa.
– Conta um pouco sobre tuas atividades cotidianas
No meu cotidiano, olho o ponto de todo mundo, olho quem está e quem não está no serviço. Vejo se alguém faltou e já vou atrás, entender o porquê faltou, se está tudo bem, se aconteceu alguma coisa, se precisa de alguma ajuda. Ou se só esqueceu de bater o ponto e está tudo bem.
Essa é uma das coisas que mais faço, que é tentar ver o bem-estar das pessoas. Por que eu acho que para nós conseguirmos ter um ambiente de trabalho bom, temos que ajudar as pessoas. Eu tento ajudar muito os gestores e os líderes para que eles possam organizar a equipe e o ambiente de trabalho deles, já que eles estão mais próximos no dia-a-dia e podem fazer esse acompanhamento. E eu sou um apoio para eles. Então no que eu posso ajudar, o que está ao meu alcance pelo colaborador, eu faço, mas, para o departamento, o gestor consegue dar um suporte muito melhor.
– Quais são os maiores desafios que o RH tem que encarar?
Eu acho que o maior desafio é a comunicação de todos, é muito difícil a gente fazer o colaborador estar na mesma sintonia da empresa. O colaborador tem que estar bem e tem que estar se sentindo acolhido no ambiente de trabalho dele, porque as pessoas passam mais tempo dentro da empresa do que em casa. Temos muitas pessoas aqui que trabalham na escala 12×36 por exemplo, então 12 horas do dia deles, estão aqui.
Então acho que o desafio é a gente fazer esse ambiente de trabalho ser acolhedor para o colaborador, e assim ele conseguir entregar o que a empresa pede. Umas das coisas que a gente mais busca aqui, é que todos estejam na mesma sintonia, que não tenha ruído de comunicação, por que a gente sabe que o ruído de comunicação dentro da empresa é o que cria um ambiente ruim de trabalho.
– Quais são os canais de comunicação que você tem hoje?
A gente usa muito a intranet, tem os e-mails corporativos para os comunicados, os murais e as reuniões que a gente sempre faz, tanto com o gestor quanto as equipes. Semanalmente a gente tenta juntar pelo menos uma equipe para conversar, ver se está tudo bem, se tem dúvidas, se houve alguma coisa que acha que é verdade mas está em dúvida.
– E tem os cafés mensais, não é?
Sim, tem os cafés mensais. Eles acontecem toda segunda terça-feira do mês, onde buscamos juntar todo mundo, principalmente o pessoal da Lapa, para ter um momento de descompressão, e também, ter o momento da conversa. A gente sabe que durante a semana e durante o dia a gente acaba conversando mais com o nosso próprio departamento. Então quem é do financeiro, fica ali mais com o pessoal do financeiro, quem é do relacionamento, mais com o relacionamento. Então a ideia é que nesse café todo mundo possa se juntar, conversar. E não conversar somente sobre trabalho, mas fazer uma amizade, para ficar mais gostoso ali no ambiente de trabalho, de ter uma afinidade maior no momento de passar uma tarefa.
– Tem também algumas datas que são comemoradas internamente
Todas as datas comemorativas a gente tenta fazer alguma coisa para os colaboradores, tenta juntar todos para a gente conseguir fazer uma uma homenagem para eles. Recentemente, tivemos uma ação bonita no Dia da Mulher.
– E, no fim do ano, teve o 1º Workshop de Sensibilização aos Colaboradores do Memorial, como foi a tua avaliação dessa ação?
Foi uma experiência muito boa, foi muito, muito trabalhosa. Eu e o Sergio Campitelli, que é um dos diretores, corremos atrás de muita coisa, e a gente buscou sempre trazer a maior transparência para todo mundo, principalmente para os colaboradores, para eles conseguirem entender o que a gente está buscando para atingir as metas no próximos anos.
Então eu tinha uma certa expectativa, mas foi muito maior e melhor.
O retorno que a gente teve do pessoal que participou é que eles conseguiram ver muito bem, através das palestras, a visão que a empresa quer, que é o acolhimento, não somente ao cliente, mas também ao colaborador.
Foi muito bom, muito bom mesmo, foram dois dias que não saem da minha memória, toda vez que nós estamos conversando com alguém, remetem ao Workshop, se referem a alguma coisa que algum dos palestrantes ou algo que a diretoria falou. Então muita coisa do Workshop reflete ainda no nosso cotidiano, e isso é muito gratificante.
>>> Acesse aqui e veja como foi o Workshop
– Quais outros benefícios o Memorial oferece aos colaboradores?
Mensalmente a gente comemora os aniversariantes do mês nos cafés da manhã.
Todas as datas comemorativas, a gente presta homenagens como o dia das mães, dia dos pais, dia das mulheres, qualquer homenagem que a gente consiga fazer para o pessoal. A gente inventa alguma coisa, dá uma lembrancinha, chama alguém para fazer alguma palestra.
Uma coisa que também fazemos é, quando alguma colaboradora vai ter um bebê, nós damos um kit maternidade. É uma forma importante de valorizar a vida, festejando a chegada de um criança ao mundo.
Nós incentivamos muito o pessoal aqui dentro na questão da educação, tanto que foi daí que criamos o auxílio-educação para o pessoal possa evoluir em seus estudos. Porque conhecimento é a coisa que ninguém vai tirar de você. E não é somente faculdade que a gente paga, a gente também oferece essa bolsa para outros cursos. Sempre digo que: “É uma coisa que a empresa está te ajudando, mas vai ficar para você, é para o seu currículo, sua vida“.
Também temos um auxílio para os colaboradores que trabalham em um setor que precisam de carro mas não possuem CNH. como os nossos auxiliares operacionais que são os que cuidam do cortejo. Hoje a gente tem alguns que não possuem carta, então oferecemos esse auxílio para que eles possam tirar a carta.
– Como você acredita que o teu papel dentro da empresa se reflete na visão do acolhimento do Memorial?
Eu acho que quando acolhemos o funcionário, ele entende o que a empresa quer transmitir, e assim, ele transmite para o cliente. Então não adianta eu como RH só ir atrás do funcionário quando é para dar alguma advertência, para chamar atenção, ou quando é para um desligamento.
E até mesmo com um gestor, não ele adianta ir atrás da equipe dele só quando é para chamar atenção. Por que eu acredito que quanto mais a gente tenta ajudar uma pessoa, mais ela vai reconhecer esse valor. Então todo esse esforço que fazemos para acolher o colaborador, é para que ele se sinta bem. Perguntar se ele está precisando de alguma ajuda, se está faltando alguma coisa para o cotidiano dele ficar melhor, é para facilitar o trabalho dele.
Assim ele consegue transmitir para o cliente também o acolhimento que ele já recebe da gente. Não adianta você querer dar o que você não tem.
– Para finalizar, conta para nós como é a reação das pessoas quando você fala que trabalha em um cemitério?
No começo o povo ficava muito assustado, todo mundo já pergunta o que que eu faço, por que ninguém imagina que em um cemitério, haja algo além do sepultador.
Então principalmente na faculdade, eu sempre conversava com o pessoal sobre meu trabalho em um cemitério e todo mundo já me olhava com aquela cara de espanto, perguntando: “Mas o que que você está fazendo aqui?“, “Para que que você está querendo estudar?“, “Mas com quem que você fala lá?“. Ao que eu sempre respondo: “Gente, eu falo os colaboradores, o RH serve para falar com os funcionários“.
Então na faculdade foi onde mais consegui mudar a visão de muitas pessoas sobre o que é um cemitério. Tanto que quando nós íamos fazer um trabalho e eu falava sobre o Memorial, os professores falavam assim “eu nunca imaginei que um cemitério funcionava desse jeito“, “nunca imaginei que um cemitério tinha tanta parte administrativa, a gente pensa que é só chegar ali e sepultar“. Então quando eu falo, as pessoas já se assustam, mas eu sempre tento mostrar para elas que a gente não só faz um sepultamento, um velório, a gente realmente quer acolher no momento de luto. No começo é difícil, acho que todo mundo passa por isso, mas quando você consegue levar a pessoa para ter outra visão, é muito gostoso, é muito gratificante você mostrar que realmente gosta do que faz.