Austro é representante de nossa homenagem para todos os pais que trabalham no Memorial Parque Jaraguá
– Austro, por favor, se apresente
Meu nome é Austro Matias Luiz, sou cearense, tenho 54 anos e há 2 anos sou Encarregado de Manutenção aqui no Memorial Parque Jaraguá.
Eu estava trabalhando em outra empresa quando me convidaram para trabalhar aqui. Eu achei estranho, mas o pessoal falou: “vamos lá conhecer”. E quando cheguei aqui, achei que não tinha nada a ver com o que a gente imagina de um cemitério. Topei vir trabalhar e estou muito feliz. Minha equipe tem umas 30 e poucas pessoas, que desempenham muito bem suas funções.
– E o Austro-Pai, como é? Conta pra gente
Sou casado há 35 anos, pai de 2 filhos: o Pedro (ele se emociona ao falar dos filhos) tem 24 anos e minha filha Aleska, tem 27 anos e é casada. Ela faz Direito, falta pouco mais de um ano para se formar.
Pedro começou aos 12 anos a trabalhar em farmácia. Hoje é gerente e farmacêutico, acabou de se formar em Farmácia.
Com minha esposa, Maria Edinalda, construímos esta família, sempre trabalhando e lutando juntos, correndo atrás de um objetivo. Nós nos damos muito bem, não existe ciúmes, confiamos um no outro e somos apaixonados. Nos conhecemos quando eu tinha 15-16 anos. Fui seu primeiro namorado, noivamos, eu pedi para o pai dela e depois de 2 anos nos casamos, construindo uma família maravilhosa. Pretendo viver o resto da minha vida com ela. Na doença, na tristeza, na riqueza, no que for preciso, nós estamos sempre juntos.
– E com esses dois filhos, então…
Isso acaba comigo… (risos… ) Fico assim (emocionado) porque sou muito feliz com minha família.
Quando nasceu minha filha, eu perguntei: é um hominho? Mas, quando cheguei no hospital da USP, que vi aquela bonequinha, me quebrou… coisa mais linda. E depois de 4 anos veio o Pedrinho.
No começo a gente pagava aluguel, depois compramos um terreno em Carapicuíba e fizemos nossa casa.
Com os filhos, eu gosto de dar conselhos, de falar com meus filhos, mas dou liberdade. Digo: “pensa no que vai fazer”. Mas, se ainda errar, bato aquele papo e apoio, porque sou pai. Gosto de falar com os filhos, de pensar o dia de amanhã. Eu sou uma pessoa positiva. Eu penso e planejo o dia de amanhã e quero ver acontecer.
E o Jean, meu genro, entrou na família e é como um filho para mim. Adoro ele. Não tenho ciúmes de meus filhos. A gente cria os filhos para o mundo.
– E o que você faz quando sai daqui, para relaxar, para se divertir?
Eu sou bem familiar, vou direto pra casa. Eu ajudo em casa, lavo a louça. Cuido das coisinhas, penso o que vou fazer no fim de semana. No domingo gosto de ficar mais parado, mas ajudo a esposa, lavando o quintal, dividindo as tarefas. Cuido bem dela, assim como ela cuida de mim. Às vezes, a gente dá uma saidinha para comprar alguma coisa, tomar um sorvete, bater um papinho.
– E que mensagem você deixaria para os pais neste dia?
Um bom pai é aquele que se dedica para a sua esposa, que é sua companheira. Ser um bom pai é cuidar dos filhos, dar sugestão, se dedicar, é ser amigo, parceiro, é brincar. É querer ajudar, querer incentivar. É não ter ciúmes.
O amor sai do seu coração. Você tem que valorizar aquilo que você tem dentro de sua casa. E eu valorizo. Eu sei o que eu sou e o que eu tenho na minha família. Eu gosto de abraçar a minha família. Sem minha família não sou nada.