O Kassio Wuerik Ibiapina Silva tem 29 anos e trabalha há seis anos no Memorial Parque Jaraguá. Ele é morador do bairro desde 2001, quando veio com seus pais de uma pequena cidade localizada a 80 km da capital do Piauí.
Kassio é casado há 7 anos e tem 2 filhinhos de 6 e 5 anos.
No Memorial, ele é líder de atendimento. Ou seja, quando uma pessoa entra em contato com o Memorial informando o falecimento de um familiar é com ele e seus colegas de equipe que o primeiro acolhimento acontece.
Vamos conhecer um pouco mais o trabalho do Kassio no Memorial:
– Como é seu dia a dia no Memorial?
No dia a dia lidamos diretamente com a família, com a dor dela. Estamos aqui para tentar aliviar um pouco esse sentimento e fazer com que elas se sintam acolhidas.
– Quando alguém chega no dia que faleceu um familiar, qual a sua função referente à orientação?
Quando a família entra em contato referente ao falecimento de um ente querido, procuramos acalmá-la e tranquilizá-la, pois nesse momento a família, geralmente, não sabe o que fazer.
Quando a família ainda não possui um jazigo aqui, a gente procura obter as informações da pessoa que faleceu, onde ocorreu o óbito, como ocorreu e em seguida a gente encaminha para o nosso time interno comercial. Este é o procedimento padrão.
Quando a família já possui um jazigo no Memorial Parque Jaraguá, a gente procura saber, além das informações acima, qual é a concessão (jazigo) para poder orientar corretamente.
O importante neste momento é obter estas primeiras informações para poder dar a orientação correta e, principalmente, tentar tranquilizar a família neste momento de dor, trazê-la para o conforto. Tentamos não estender muito, pois na etapa seguinte já entra um processo burocrático.
– Qual a primeira orientação que você dá à família?
A primeira orientação que a gente pede é o nome do falecido e o local do óbito. Isso porque, quando o local do óbito é dentro do município de São Paulo é um procedimento, mas quando ocorre em outro município, é outro tipo de procedimento.
– E você Kassio, quando termina o trabalho no Memorial, o que gosta de fazer?
Sou uma pessoa de hábitos simples, apesar de ter muita energia.
Nas horas vagas fico com meus filhos em casa. Gosto de jardinagem e cuido de uma pequena horta e pomar. Quando meus filhos nasceram, voltei toda a minha atenção para eles.
– Neste tempo no Memorial, alguma situação te marcou em especial?
Comecei aqui na portaria, então o que me marcou foi todo esse período, e nesse período, ocorreram altos e baixos, mas meu degrau aqui foi contínuo, não teve uma coisa específica, foram esses seis anos de trajetória que me trouxeram até aqui, tudo me marcou.