Dando continuidade à série Quem faz o Memorial, que tem o objetivo de apresentar a você os profissionais que trabalham no dia a dia do nosso Memorial, hoje trazemos o nosso colaborador Adriano de Souza, que está há 6 anos com a gente e trabalha como sepultador.
Adriano tem 36 anos é casado e tem 3 filhas de 13, 9 e 1 ano e 8 meses.
– É uma profissão dura, não é?
Sim, mas vamos nos acostumando. Além disso, é uma profissão muito importante e necessária, já que precisamos de pessoas nessa área. Já trabalhei antes com obras, mas gosto mais de trabalhar aqui, ficamos mais à vontade. Nossa equipe tem mais 3 pessoas, somos muito unidos.
– Como é que funciona o teu trabalho?
Minha função é tirar a grama do jazigo, o barro, as tampas, pintamos lá dentro, deixamos tudo pronto para o sepultamento. Fazemos somente a exumação e sepultamento, pois cada um tem seu setor. Preparamos o local para deixar tudo pronto para a chegada dos familiares.
– No momento do sepultamento, estando junto com a família, como é para você?
É bem importante o comportamento e o acolhimento neste momento. Precisamos saber nos comportar na hora, fazer só nosso trabalho, ser discreto e só intervir quando alguém pede alguma ajuda.
– Qual a reação das pessoas quando você diz que trabalha no Memorial?
O pessoal fica curioso, pergunta se não tenho medo, se durmo de noite… Mas é um serviço normal. Pode parecer meio estranho, para quem não é da área, mas é um trabalho como os outros. Para os meus amigos do nordeste, quando digo que trabalho aqui, eles comentam que lá eu não ia nem nos velórios e aqui em São Paulo eu trabalho realizando sepultamento.
Nós precisamos trabalhar e este é um trabalho digno e muito importante. Lidamos muito com os sentimentos das pessoas e precisamos acolhê-las.